Porgenshishoyedecapilimalho com Cebolinha [ou como se dá nomes para as coisas?]

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Toda vez é a mesma coisa. Como dar nomes para pratos que você inventa? Juro que eu não sei. Hoje a gente fez um prato que era

Tiras-de-porco-com-shitake-erva-doce-gengibre-alho-capim-limão-e-cebolinha

Se a gente falasse alemão até podia sair uma palavra; é muito difícil isso. Mas é bom que introduz um assunto que me ocorreu sobre as receitas que a gente posta nesse blog. O caso é que, com exceção dos bolos da Pri, a gente raramente repete esses pratos. Eles surgem na hora ou na Quitanda enquanto estamos comprando os ingredientes.

No caso de hoje, a ideia nasceu aqui em casa, mas ficou completa quando vi uns funchos bonitos na parte das verduras. Fiz uma daquelas receitas de wok. Da lista de ingredientes abaixo não se atenha muito a quantidades. No geral é uma espécie de “a gosto”.

– bifes de contra-filé suíno cortados em tiras (426 g – estava na embalagem)
– uns 6 dentes de alho picados em minúsculos quadradinhos
– um volume ligeiramente maior do que o de quadradinhos de alho de quadradinhos de gengibre (do mesmo tamanho)
cebolinha em duas versões: (1) talos (parte branca) de um maço (aquele do supermercado; procure o que tiver mais partes brancas) cortados em rodelas finas; (2) corte o restante da cebolinha (parte verde) em rodelas finas e separe metade (o resto você guarda no congelador para outra receita)
– umas 6 “folhas” do funcho (talo de erva-doce) cortados em tiras bem finas (não use a parte da haste que costuma vir junto porque é muito fibroso); escolha um funcho que tenha uns raminhos jovens da erva-doce e guarde-os junto com as cebolinhas verdes, para o final
shitake (temos um shitake seco que precisa ser ferventado com água para voltar ao normal; esse é particularmente bom porque podemos aproveitar a água para a receita)
shoyu
óleo de gergelim
ajinomoto (glutamato monossódico)
pimenta (usamos uma pimentinha vermelha de japonês daquela marca S&B, a mesma do curry e Tabasco, daquela verde (jalapeño))
capim-limão*
maizena (para dar aquela “engrossadinha chinesa”)

* Nós temos um capim-limão em pó, bem bacana, que compramos nos EUA. Como eu nunca vi nada parecido com isso aqui no Brasil, acho que uma boa tática para substituir o pó seria ferventar o shitake com um macinho de capim-limão. Como vamos aproveitar a água depois, ela já fica “temperada” com o capim-limão. Outra alternativa é colocar raspas de casca de limão. É outro sabor, mas fica bom também.

O primeiro ingrediente que eu preparei foi a carne. Depois de picada, lambusei as tiras com um pouco de sal, óleo de gergelim, ajinomoto e da pimentinha japonesa. Deixei reservado enquanto preparava os demais ingredientes.

Depois disso é refogar os ingredientes (usei manteiga e óleo de gergelim) na seguinte ordem: alho e gengibre juntos, cebolinha, carne, shitake, funcho. Na hora da carne (ela precisa dourar), usei um pouco da água do shitake para soltar a borra e dar uma cor. Quando tudo estava refogado, coloquei um pouco mais da água para cozinhar os ingredientes. Adicionei o restante dos temperos: shoyu, ajinomoto, pimentas e deixei cozinhando em fogo baixo por alguns minutos.

Para finalizar, a cebolhinha e o capim-limão. Em seguida a maizena (1 colher de sopa dissolvida em um pouco de água morna).

Servimos com arroz de jasmim (fica muito bom). Dava para umas 3 ou 4 pessoas.

O tempo foi o de ouvir o disco Turn on the bright lights do Interpol a partir da música 5 e um do George Michael, mega brega (ele acabou na hora que a gente acabou de comer.

Pra lavar a louça: George Michael – Heal the pain